sábado, 17 de dezembro de 2011

NUNCA TOME DECISÕES NO CALOR DA EMOÇÃO

Todos temos uma criança alegre, curiosa, vivaz dentro de nós, mas poucos a deixam respirar. Devemos pensar como adultos, mas sentir, ser curiosos e aventurar mo-nos, como uma criança. Quem asfixia a sua emoção envelhece no único lugar que deveria ser sempre jovem.
O ser humano moderno tornou-se um gigante na ciência, mas é um frágil menino na sua psique. É seguro quando o mundo o aplaude, mas é fragelissimo quando é vaiado.
Aprende ferramentas para lidar com o sucesso, mas não tem instrumento para lidar com os fracassos.
Generais com armas quiseram conquistar a tranquilidade.
Reis com ouro quiseram conquistar a serenidade.
Celebridades com fama quiseram conquistar o sentido da vida. Não entenderam que as funções mais nobres da inteligência se conquistam quando aprendemos a caminhar nas trajectórias do nosso próprio ser.
Reconhecer as nossas debilidades, entrar em contacto de maneira nua e crua com as nossas mazelas e misérias não é apenas um passo fundamental para oxigenarmos a inteligência, reeditarmos a nossa memória e superarmos os nossos conflitos, mas também para bebermos das fontes, mais excelentes da tranquilidade. Quem esconde o rosto de si mesmo bebe na fonte da ansiedade e leva para o túmulo os seus conflitos.
Sem riscos, os poetas não escreveriam poesia, as crianças não seriam criativas, os cientistas não seriam inventivos, os empresários não seriam empreendedores, os amantes não partiriam para o terreno inóspito da conquista. Sem riscos, não conheceríamos o sabor das derrotas nem o paladar das vitórias. Não erraríamos, não choraríamos, não pediríamos desculpas, não teríamos necessidade da humildade no nosso cardápio intelectual .
Sem riscos, seriamos conquistados e não conquistadores.

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