terça-feira, 18 de setembro de 2012

1-MINUTO DE ATENÇÃO/ SEJA CRIATIVO!

Demorei a pesquisar, tempo a juntar as peças, sonos a perceber e ligar cada coluna e muita força de vontade para acrescentar e criar algumas falas, espero que seja do teu agrado caro leitor!

Quem estuda o assunto diz que a produção criativa não pode ser atribuída exclusivamente a um conjunto de habilidades e traços da personalidade do criador. É preciso levar em conta o contexto social, histórico e cultural que influencia a capacidade inventiva. Para Mihaly Csikszentmihalyi, professor de Psicologia e Educação da Universidade de Chicago, é mais fácil desenvolver a criatividade das pessoas mudando as condições do ambiente, do que tentando fazê-las pensar de modo criativo.

Membro da Academia Nacional de Educação e da Academia Nacional de Ciências do Lazer dos EUA, Csikszentmihalyi diz que a criatividade não está dentro dos indivíduos, mas é resultado da interação entre os pensamentos do sujeito e o contexto apicultural. Ele afirma que a criatividade deve ser compreendida não como um fenómeno individual, mas como um processo sistémico. Na sua avaliação, é um processo que resulta da interseção de três fatores: o indivíduo, que traz uma bagagem genética e experiências pessoais; o domínio da cultura ou de parte dela, que se traduz num conjunto de regras e procedimentos simbólicos estabelecidos entre os pares de uma comunidade; e o campo, ou seja, a sociedade, que tem a função de decidir se uma nova ideia ou produto é ou não criativo.

A concepção encontra eco na Psicologia do educador Lev Vygotsky. Para o teórico russo, o processo de constituição do sujeito é, inexoravelmente, social. Neste sentido, a atividade criadora é mediada pelo entorno histórico, social e cultural. O indivíduo é capaz de criar a partir dos/nos encontros que estabelece com outros sujeitos, encontros mediatizados pelas possibilidades e limites das relações sociais em cada momento histórico.

De acordo com Vygotsky, a atividade envolve diversos processos psicológicos, entre os quais se destacam: a percepção de determinados aspectos da realidade e a acumulação, pela memória, dos elementos mais significativos; a reelaboração desses elementos por meio da fantasia, processo no qual estão presentes tanto a cognição quanto a vontade e o afecto; e a objetivação do produto da imaginação, que, ao materializar-se na realidade, traz consigo uma nova força, que se distingue pelo poder poder transformador frente à realidade da qual partiu.

Para o sociólogo italiano Domenico De Masi, hoje mais do que nunca, o ser humano tem mais tempo para desenvolver a sua criatividade, já que dispõe-se de uma infinidade de tecnologias que substituem o trabalho. “Em Atenas, na era de Péricles, havia 40 mil homens livres, 20 mil estrangeiros naturalizados e 350 mil escravos. Cada homem livre tinha, entre escravos, esposas e donas de casa, oito ou nove pessoas à sua disposição. Atualmente, para fazer o que essa gente toda fazia, temos lava-louças, máquinas de lavar, elevadores, telefones…”, afirma.

É neste mundo globalizado e mediado pelas tecnologias que a criatividade dos indivíduos vem cada vez mais sendo requisitada. Seja em casa ou no trabalho, se busca de todas as maneiras novas formas de agir, de pensar e de atuar. Ser criativo é pré-requisito no amor, no trabalho, na criação dos filhos, na escola, na relação interpessoal, na vida. Às vezes, é a chave para conseguir sobreviver num mundo caótico e de poucas oportunidades. Não é à toa que as livrarias oferecem livros de auto-ajuda que ensinam o caminho para potencializar a criatividade. Sim, há dicas – e várias – de como o indivíduo pode maximizar o seu poder de criação.

Há quem diga que num mundo saturado de imagens, textos e sons, a criatividade vem da desinformação e da deformação. Outros questionam se a originalidade é necessária. É possível ser criativo a partir do que já aconteceu ou existiu? Carlos Drummond de Andrade ensinava, ironicamente, que o desenvolvimento da originalidade possui algumas etapas, a primeira das quais é imitar os modelos clássicos, e a última: imitar-se a si mesmo até a morte!

No campo da produção artística, o debate é polémico. Ainda mais quando envolve a questão da propriedade intelectual. Na sociedade contemporânea, na qual, em principio, todos os indivíduos têm a oportunidade de produzir, reconstruindo e reinterpretando as narrativas, e onde se convive com a sensação de que tudo já foi criado, como ser criativo? Quem é o autor? De onde vem a criatividade?
A criação se torna mais fácil? Mais intimidador? Para estas questões, sem dúvida alguma, há respostas que levam a outras indagações. O debate é instigante e provocativo.

E para você: o que é ser criativo?

Qual é a sua avaliação?

Cabeça da qual acham maluco ou sem motivo de vida, é a fonte de expiração para duelos pré existentes pessoais e a respiração para muito sufoco diz: Nelaço

Sem comentários: